“Finja. Finja que não doeu, finja que não ouviu as palavras dele. Finja que está tudo bem, que por dentro você não está em pedaços. Finja garota, ignore toda a dor que te sufoca; disfarce de tudo, de todos. Respira fundo e reconstrua a armadura, fique de pé, de queixo erguido. Engula teu eu lírico exagerado, que tende a dramatizar de vez em quando. Minta se necessário, mas não conte-os a verdade, não demonstre fraqueza, não demonstre que lhe afetou. Segura o choro só mais um pouco, e solte-o quando ligar o chuveiro. Finja garota, pois acredite, explicar o porque do choro irá doer bem mais.”