15 outubro 2011



“Eu não queria estar assim. Eu poderia estar feliz. Queria não ter sentimentos. Eles me machucam, sempre que estão presentes em minha vida. É raro encontrar alguém que me deixe contente, e que este mesmo não tenha que partir. Que não me faça criar espectativas, me iludindo com coisas que não irão ser recíprocas. Quero alguém que me mostre que amar nem sempre é sinônimo de sofrer. Quero alguém pra ninar, pra beijar na testa, pra sair de mãos dadas. Aguento muitas coisas em siêncio. Vejo muitas coisas e não posso fazer absolutamente nada. Posso chorar só. Posso gritar, porque sei que ninguém irá ouvir. Posso sofrer, e sei que ninguém se importará. O silêncio por mais que às vezes seja necessário, ele também sabe machucar. Machuca mais que um corte. E ele não causa feridas expostas, e sim feridas no coração. Talvez seja pela ausência de palavras que necessitamos ouvir de uma certa pessoa. E quem sabe esta pessoa nunca esteja disposta a falar o que nossos ouvidos querem escutar. Talvez ela esteja ciente do que quer, mas não quer ceder. Me calo. Me fecho.Guardo minhas palavras. Eu já disse tanta coisa, e pelo o que parece todas foram em vão. Palavras que foram jogadas e o vento simplesmente levou. Não vou negar, que sinto borboletas quando falam de você. Mas a única coisa que me resta fazer é chorar, me sentir mal, me sentir só, imcompleta. Não pela distância. Pela falta de reciprocidade de sentimentos, por não ter mais alternativas, por estar cansada. Por ver que nada dá certo, e mesmo assim continuar tendo esperança de que as coisas irão se ajeitar, e que tudo ficará bem.”